quinta-feira, 16 de agosto de 2007



MAD - MOVIMENTO AFIRMANDO DIREITOS NA UFMG


Articulação interna e externa à Universidade Federal de Minas Gerais, buscando espaço para o debate pela implementação cotas raciais, como uma das Políticas de Ações Afirmativas necessárias para inclusão racial no Brasil.

Somos um movimento político que aglomera estudantes universitários, cursos pré-vestibulares comunitários, movimentos sociais e demais interessados na causa e formamos o MOVIMENTO AFIRMANDO DIREITOS.

Somos um coletivo daquelas/es que refletem e defendem A IMPLEMENTAÇÃO DAS COTAS RACIAIS E SOCIAIS NAS UNIVERSIDADES PÚBLICAS para estudantes negras/os ORIUNDOS DE ESCOLAS PÚBLICAS, como uma das Políticas de Ações Afirmativas para a INCLUSÃO RACIAL E SOCIAL. Porque é necessário romper com o silêncio e/ou a reafirmação do discurso meritocrático praticados por diversas instituições de ensino superior em nosso País.

Neste momento, nossa pauta é o acesso de negras/os ao ensino superior PÚBLICO! Reconhecemos que Políticas de Ações Afirmativas são mais amplas que políticas de acesso, mas não se pode negar a demanda de jovens negras/os e pobres pela entrada na universidade.

É hora de afirmar os direitos do povo negro de nossa sociedade, que historicamente sofre a segregação e é privado, na estrutura social, de ter seus DIREITOS garantidos, em um contexto de desigualdades e de reprodução histórica dessas desigualdades, fundadas em questões étnico-raciais, que vão além das questões socioeconômicas.

Dizemos NÃO ao debate limitado sobre o acesso à universidade. Setores da UFMG até o momento mantiveram-se afastados das discussões sobre a democratização da entrada das/os jovens negras/os na universidade. Restringiram-se a pensar possibilidades subalternas para esses sujeitos, tais como a inclusão restrita das/os jovens pobres em cursos noturnos, limitando as escolhas e as possibilidades de vivenciar a universidade em sua multiplicidade. As propostas atuais da UFMG buscam confundir o debate sobre acesso, sugerem que o problema é apenas de ordem classista, não reconhecem a realidade étnico-racial excludente.

Dizemos SIM ÀS COTAS RACIAIS porque não acreditamos no mito da democracia racial. A discriminação, racial ou étnica, ocorre combinada com a discriminação de classe, mas não pode ser reduzida a esta, e deve haver medidas específicas para a reparação e garantia de direitos da população negra. Isso está demonstrado pelos vários dados estatísticos (IBGE, IPEA) que comprovam que a população negra brasileira ocupa um espaço subalterno em relação à população branca de nossa sociedade.

Queremos um lugar que é de direito: a UNIVERSIDADE! Queremos que as crianças negras brasileiras tenham, nos próximos anos, referência em profissionais que se assemelhem a elas. Queremos que as/os jovens negras/os que sonham em ser médicas/os, artistas, professoras/es, cientistas, engenheiras/os, cientistas sociais, matemáticas/os, dentre outras possibilidades de formação que a UFMG oferece, tenham o direito de realizar esses sonhos.

Queremos a entrada das/os jovens negras/os e pobres na universidade, AGORA! Queremos alterar o ciclo de construção de saberes hegemônicos, que nega a diversidade dos saberes populares, recusando a realidade complexa, plural e diversa da população brasileira! Não dá para segregar mais uma geração!

Queremos:- Implementação de cotas na UFMG para estudantes negras/os oriundas/os de escola pública.- Políticas e investimentos públicos para a permanência das/os estudantes cotistas na UFMG.- Inclusão da proposta de cotas raciais na pauta do Conselho Universitário da UFMG.

Em tempos de lutas, lutamos sempre! MOVIMENTO AFIRMANDO DIREITOS na UFMG
Se você defende as cotas raciais e sociais, afirme este direito conosco:
E-mail: madufmg@yahoo.com.br

Um comentário:

Unknown disse...

Apoio a causa do MAD! Pela inclusão da população negra e pobre na Universidade Já!